Pobres e Revoluções Políticas

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Pobres e Revoluções Políticas

POBRES E REVOLUÇÕES POLÍTICAS

 

Introdução

Uma das afirmativas sociais feitas por Jesus Cristo foi a de que “sempre existiriam os pobres", principalmente se desejamos que sejam atendidos em suas necessidades através de benefícios financeiros. 

Observando situações ocorridas atualmente, além de tantas outras ocorridas em vários lugares ao longo da história, mais uma vez confirmamos que essa atitude de ignorar a importância de fazer ações sociais em favor dos pobres acaba produzindo o caos social, situação oportuna para se produzir revoluções políticas e tomada de poder, principalmente por defensores da ideologia marxista.

Desenvolvimento

  1. Se alguém argumentar ações em favor dos pobres tendo como paradigma os países comunistas onde não existiriam convulsões sociais, lembramos que nesses lugares os pobres são desprezados, recebem baixos salários e até vivem ocultamente na miséria, esclarecendo também que nesses países não existe democracia que possibilite essa reação. O poder do regime totalitarista sufoca imediatamente qualquer tentativa, seja através da legislação, seja através da ação policial.
  2. Em países democráticos, exatamente por causas dos direitos humanos e da oposição a qualquer repressão desses direitos, as pessoas tem liberdade de reivindicar, protestar, fazer greve. Quando chegam ao ponto de perder direitos e garantias, culminam em até recorrer à violência, produzindo caos social e se tornam massa de manobra para tomada de poder político, através de revoluções enganosas.
  3. Por isso, à luz da história, se estamos num regime democrático, os líderes políticos, econômicos, militares e judiciais precisam estar atentos aos pobres e miseráveis, procurando atender suas necessidades, através de ações sócio financeiras, políticas inclusivas e distribuidoras de rendas, legislação beneficiadora dessa classe social, numa motivação cristã da prática do amor cristão, além de gestos isolados ou organizados de caridade.
  4. Na democracia, se os líderes não concederem benefícios sociais aos pobres e miseráveis, iremos amargar as consequências geradas inclusive por militância marxista que se aproveita da democracia para incitar levantes em nome dos direitos humanos que eles mesmos não concedem em seus países de regime totalitarista.

Conclusão

Considerar os pobres é uma expressão de solidariedade numa visão cristã e uma estratégia inteligente numa democracia que pretenda ser justa, igualitária, fraterna. É verdade que as igrejas cristãs são chamadas a ações de caridade em favor dos pobres, conforme fizeram as igrejas da Macedônia e Acaia: “Porque pareceu bem à macedônia e à Acaia fazerem uma coleta para os pobres dentre os santos que estão em Jerusalém” (Romanos 15.26). Também é verdade que ser uma igreja de Deus foi um argumento usado pelo apóstolo João para motivar a caridade cristã: “Se alguém tiver recursos materiais e, vendo seu irmão em necessidade, não se compadecer dele, como pode permanecer nele o amor de Deus?”(I João 3.17). Ocorre, todavia, que apenas as atitudes das igrejas não serão suficientes. É preciso haver ações governamentais que sejam sensíveis à essa realidade humana social, principalmente se pretende ser uma democracia que faça frente a outras propostas de regimes políticos.

Edson Raposo Belchior, autor.