CRISTIANISMO E VOTAÇÃO ELEITRAL
Introdução
- A legislação brasileira estabelece a obrigatoriedade de as pessoas votarem se estiverem entre 18 e 70 anos de idade. Os que têm 16 e 17 anos ou quem tem mais de 70 anos e os analfabetos estão na categoria de facultativos. Para os que não cumprem essa legislação existem as respectivas penalidades estabelecidas.
- É uma situação diferente de outros países, onde o voto para todos os cidadãos é facultativo. Neste caso estão 194 países, isto é, 88% das nações do mundo onde o voto não é obrigatório.
Desenvolvimento
- Independentemente de discutir as razões que sejam favoráveis ou contrárias à obrigatoriedade do voto, o que se observou nas últimas eleições em vários países foi a atitude de deixar o voto em branco ou anular o voto. Essas atitudes e mais a abstenção, isto é, a atitude de não comparecer às urnas onde o voto não é obrigatório, acabaram somando um percentual elevado e às vezes maior do que o número de um candidato eleito.
- Em outras palavras, observa-se que às vezes a eleição de um candidato não é apenas consequência de votar, mas também de não votar. É o caso que foi verificado em alguns países da América Latina.
2.1. Na Nicarágua de Ortega, em novembro de 202l, de acordo com o Observatório Urnas Abertas, quando Ortega foi eleito, houve 81,5% de abstenção.
2.2. Na Venezuela de Maduro, em novembro de 2021, de acordo com a CNN, nas eleições municipais e regionais, a abstenção foi de 60%.
2.3. No Peru de Castilho, em abril de 2021, de acordo com a Crítica Nacional, houve 28% de abstenção e 17% de brancos e nulos, somando 45%.
2.4. Na Argentina de Fernandes, em outubro de 2021, de acordo com o Portal Brasil de Fato, nas eleições do legislativo, houve quase 30% de abstenção.
2.5. Na Colômbia de Petro, em junho de 2022, de acordo com o Poder 360, na eleição presidencial houve quase 42% de abstenção.
- Em outras palavras, esses resultados mostram inequivocamente que não votar, votar em branco ou anular o voto também influencia no resultado das eleições em qualquer país. Se fizermos essa opção, pelos motivos que quisermos apresentar, tornamo-nos também responsáveis pelos destinos políticos e ideológicos que nosso país venha a ter.
- A inclinação para o socialismo com suas propostas liberais, progressistas e até repressoras ou a inclinação para o conservadorismo, com suas propostas de preservação dos valores tradicionais, da liberdade em todos os aspectos e até do direito à diversidade geralmente são expostos e podem ser percebidos nas figuras dos principais candidatos aos cargos políticos de cada processo eleitoral. Por isso, inegavelmente o resultado de eleições estará direcionando o país para o marxismo ou para o conservadorismo.
Conclusão
Neste caso, à luz do que ocorreu em outros países vizinhos, não podemos e nem devemos nos omitir nesse direcionamento. Mesmo que não sejamos vinculados a partidos políticos, como cidadãos políticos, também seremos responsáveis pelo que irá ocorrer se votarmos erradamente ou se não votarmos ou se deixarmos o voto em branco ou anular o voto. A única exceção é quando o processo eleitoral está comprometido e só tem um candidato, cujos objetivos e interesses não representem valores cristãos. Por isso, a melhor recomendação votar corretamente, pedindo iluminação espiritual a Deus.
Edson Raposo Belchior, autor.